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A vida, essa odisséia, não me parece ser muito maior que uma tela de cinema, nem menos duradoura que a chama de uma vela...Essa que por vezes enfrenta um tufão com passos de balé, por outras tantas se borra com o menor dos sussurros ao seu ouvido...Vai entender...A brevidade das coisas e o tempo que elas precisam pra sumir de vez...A chama apaga, mas a fumaça ainda fica no ar...Mas não há pressa, nenhuma...Pra que correr se o tempo sempre vai dar o seu jeito de ser mais forte?Se o prazer não está em sempre ser o primeiro e sim no vento que toca o rosto, que faz a trilha subir, deixa as cenas acontecendo em slow?Desfaz os nós que as mãos mais fortes não conseguiram desatar, essas mesmas mãos que apertaram todos os nós, e acabaram com os laços construídos durante tanto tempo...
Resta saber se o que ficou no vazio não é simplesmente o orgulho ferido em não ter dito Adeus primeiro, em ter levado uma vida com risco maior de ser feliz de verdade...Enfim, isso que você teima em tentar resolver, my dear, é o que cabe num único verso: "Todos os amores são eternos"...E isso não quer dizer que serão inesquecíveis, mas sempre que puderem, vão se fazer lembrar...
Eu não te quero perto o bastante tendo tempo só pra dizer que agora é tarde demais...Eu te quero pra ontem, mas amanhã quem garante que enquanto você estiver muito ocupada, chorando suas feridas e idolatrando seus anjos decaídos, outra pessoa não vai aparecer? Ou antigos fantasmas voltarão das suas jornadas percebendo que agora querem tudo aquilo que eu, no momento e pro resto da vida quero dar somente à você.