segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nada além

Um dia, Deus, sentaremos em algum lugar.
Quero lhe mostrar as perguntas que escrevi no tempo que fui homem.
Tudo que eu vi e senti enquanto tinha sob meus pés um chão firme, mas que não me parecia tão seguro quanto o ar.
Existiram dias que a dor era pelas tragédias alheias do dia-a-dia, outros dias, que não poucos, a dor era tão somente por ser quem eu era no lugar aonde eu estava.
Também vivi um sem número de noites longas, ensurdecedoras que me assustaram e quase me tiraram a coragem.
Era comum detectar formas estranhas de amor que de traços tão absurdos se tornavam perigosas e beiravam o desamor mesmo em braços nem tão desconhecidos assim...Eram braços que amaram demais o mundo e suas crianças, mas esqueceram que o amor próprio era tão ou até mais importante que a devoção cega a vida do outro.
Palavras são armas perigosas e suicidas, falam aos ouvidos do mundo as vontades mentirosas da alma, que empobrecida cai ao chão sem razão e sentimento, vazia e quieta...O mundo continua a girar e se encarrega de levar pro esquecimento do ontem o que foi ferida e dor e, pior, como se nada tivesse acontecido.
E assim, como se nada tivesse acontecido, segue-se o erro de viver sem sentido, caminhando por um único caminho e tendo como certeza que entre o dia que nascem e o que morrem, não há nada a ser feito a mais porque acreditam que não pode existir nada além do que, você Deus, planejou pra cada uma dessas pessoas.

2 comentários:

Carol disse...

"O mundo continua a girar e se encarrega de levar pro esquecimento do ontem o que foi ferida e dor e, pior, como se nada tivesse acontecido."

Adoreii essa parte. hahaha

Perfeito como todoss néh thi =)

Beijos .

Unknown disse...

Só tenho uma coisa a dizer que exprime meu encantamento: UAU!!!