terça-feira, 21 de outubro de 2008

-NÃO-




Não, eu não vou mais aceitar esses seus pedidos.

Desculpas, desejos.
Não deve ter sido suficiente as noites em claro do seu lado, todas as flores do mundo...Júpiter, Saturno.
Agora, meu agora é vazio, e meu vazio cheio de segredos pra esquecer, de sonhos por viver...De fotos desbotadas, eu e você.
Eis um filme agora com final, de roteiro certo, adaptado, sem Oscar...Palmas mudas pro longa que virou curta de (des) animação.
E se nós fomos, o que fomos?
Fomos um.Eu fui.
Fui o que você desistiu de tentar e esqueceu de viver.
Fui as horas que nunca passavam longe de você, e o tempo que corria enquanto tentava te alcançar e te ter por inteiro, o relógio deu voltas e voltas...E meu chão é o mesmo do início de tudo.Ou do nada.
Que farei senão só caminhar, caminhar...E no final perceber que não sai do lugar?
Que direi, senão não só murmurar o que as músicas já dizem?
O que os versos repetem como se fossem refrões?
A sensação que fica é que sempre vai estar faltando uma escova de dentes.
E pra mim só termina quando acaba.
Pra você sequer começou,
Mas aqui está longe de um fim.

2 comentários:

Oswaldo Ferrero disse...

Todo fim é um começo.

Todo começo é um fim.

Não é uma palavra pouco dita nos momentos certos.

Talento na interpretação, Thi.

Torço por teu sucesso.

Unknown disse...

2º Mensagem subliminar !