Message in a Bottle.

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2009
03:00 Am

My dear,

A saudade já é tanta que não me deixa saber se é por conta da falta que fazes, ou se porque pode, e deve ser, somente mais uma fase...Se não é porque devo, preciso ou não...Se é somente mais uma busca quase que desesperada por mais umas palavras que vêm junto com sua voz e seu silêncio...Eu não sei o que move tanta vontade de querer falar-te o que até agora não vi em outros olhos, que merecessem tanto o melhor do meu pensamento.
Se mal te sinto por perto é porque talvez tudo o que eu te disse naquele banco não foi suficiente pra realmente fazer esse coração parar de bater por outro, não foi o bastante pra que as lágrimas se fizessem cessar...Pra que tudo que você passasse a desejar dali pra frente fosse o que eu tenho pra dar(E eu não serei tolo de dizer que somente eu tenho), algo que não tenho a exata noção do que é e qual sua razão de ser, se assim posso me arriscar a encontrar uma razão no meio de sentimentos.
Sinto que devo errar cada vez que faço esse coração parar...
Deveria mesmo era mantê-lo congelado num tempo breve, curto, em que eu cheguei a acreditar por alguns segundos que o “A gente” existia.
Sua amizade me fez acreditar em absolutamente tudo de novo...Trouxe de volta um alguém que se escondeu nas verdades puras, brutas e tantas vezes cruéis durante um longo inverno, mas que agora, voltando a sua condição real, volta a conviver com as ilusões que fabrica sozinho em cada sorriso seu.
O que você precisa não é de um pouco mais de poesia na vida, nem o “quem” você muito acredita não conseguir viver sem...O que você precisa é acreditar cegamente que de mais nada precisa além do que está ao alcance do seu pensamento, logo, dos seus braços...O que você precisa, por mais que eu tente te dar, não existe em mim, não existe em ninguém, my dear...Está escondido, esquecido em algum canto da sua própria sombra, dentro de onde você se esconde de si mesma.