Rio de Janeiro, 21 de Julho de 2010.
Um dia fizeram-na linda.
Desenharam sua voz pra que combinasse com os olhos...Que só poderiam ser seus.
Esculpiram seu destino nas nuvens, pra que só o vento fosse capaz de te levar aonde seus sonhos merecem estar...
O que é real não existe por onde ela anda...E não há ilusão.
São como pontas de uma corda que não consegue se amarrar ao seu calcanhar.
A ela só interessa o exato meio de um laço: Sonhos, pra se viver a dois.
Escreverão versos para ela, mais uma vez e eternamente.
Seu nome é início, meio e fim e rima com tudo que está além do que se escreve...Lê-se rima aquilo que se pensa durante a noite e não se consegue dizer quando os olhos se abrem e a encontram sorrindo.
É lindo pensar que não existirá em nenhum outro jardim essa Flor, que não tem nome e poucos conhecem.
Hoje, depois de tão pouco tempo (E mesmo assim com aquele ar ansioso e realizado de "Finalmente") chegou o dia que aprendi a esperar e que não se multiplica em um ano inteiro.O dia em que penso se ela espera o que eu ainda não consegui terminar de escrever, nem nunca conseguirei...(Estranho como sempre falta alguma coisa...Incrível como eu sempre acho que posso ter uma palavra além de um silêncio).
A hora que ela sente ser maior, além do céu...Todo mundo sente isso, ela sente em dobro na sua discrição.
Ah, Julieta...
Quem dera eu revelar seu real nome ao mundo, seu nome inteiro...O nome que eu escolhi pra chamar de minha flô...Esse nome que é um verso, um poema inteiro.
Regarei nosso jardim enquanto não voltas e fica até a próxima partida, cuidarei pra que seu lado na cama permaneça quente, escreverei quando a saudade deixar e pensarei todo o tempo em que ainda respirar.Nos intervalos, mais sonhos pra que ocupem o tempo em que a vulgar realidade não destrua nunca o que não vamos parar de construir, mesmo com os abraços distantes e convivendo com os sorrisos fabricados pela imaginação, a mesma que fez Shakespeare escrever seu nome e conduzi-lo a eternidade que hoje me encontra pelo caminho.
Estranho não conseguir definir o que se sente agora...
Maravilhoso pensar que esse sentido "sem-nome" aumentará amanhã...
Palavras faltam, nomes se conjugam e se escondem em códigos nossos...
Pilhas de cartas vão ocupar seus pensamentos, eu prometo...
Aos poucos, desconfio do óbvio.
Logo logo encontro vestígios de "Nós" em tudo que eu faço...
Em cada esquina estará escrito seu nome nas placas...
E nos anúncios, o que não há de se esconder por muito mais:
Eu e você, Giulieta.
2 comentários:
Ah, doce Julieta!!!
Que belo texto, Thiago. Mas, aqui lhe pergunto: Julieta ou Capitú? Quem é a mais bela?
Eu ja adianto que Capitú, com seus olhinhos de ressaca, foi capaz de se alojar em meu coração, e dali não sai de maneira alguma. hehehe...
Grande abraço!
Giulieta? Hum...Giulieta.
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