domingo, 29 de maio de 2011

Sobre isso aí.

A vida tem muitas esquinas... E, às vezes, vai na contra mão das teorias e parece não nos dar nenhuma opção.
Temos orgulho, preguiça e uma certeza que não cala, mas que também não vai muito além de palavras; Acreditar é um verbo de dois, e quem escuta não pode acreditar no que soa falso ou fraco.
Pedimos, sonhamos, planejamos e sempre esquecemos, depois de começar a caminhar, de dar a devida importância e sentido ao primeiro passo; Não fosse ele, nada teria acontecido e até uma poltrona pareceria gigantesca num dia de frio, até um whisky 12 anos seria mais inocente que o tempo passando.
Distâncias físicas são infinitamente menores quando existem segredos pequenos que não escapam ao controle... 
A vida não costuma deixar ciclos pela metade, essa é uma burrice nossa... Lá na frente a vida dá seu jeito de completar os álbuns, de terminar as histórias... Mas isso não garante que existirá o mesmo brilho do agora, nem que tudo terá um final feliz... O fim não é um caminho e é inevitável e, pode até não parecer, justo, mas se não deu certo basta olhar no espelho e ver seu orgulho vencedor na pele de alguém derrotado e arrependido, mas o que é o arrependimento senão só mais um dia como todos os outros?
A verdade é que nos garantimos numa certeza (que não existe), sofremos uma mentira (que não foi dita) e achamos que temos razão (o que não é verdade: Nesses assuntos não existem inocentes, você só não é culpado por uma coisa ou outra).

6 comentários:

Marta disse...

A pura verdade! ;)

Luana disse...

Muuuito bom!

Paulo Ruch disse...

Olá, Thiago. Acompanho seus textos há pouco tempo, e considero este o mais profundo e complexo, a despeito dos outros serem tão bons quanto. Percebi frases lapidares no que escrevera. Algumas delas: "Acreditar é um verbo de dois..."; "até uma poltrona pareceria gigantesca num dia de frio, até um whisky 12 anos seria mais inocente que o tempo passando."; "Distâncias físicas..."; "A vida não costuma deixar ciclos pela metade...". Sim, o primeiro passo nunca por nós deve ser esquecido, mesmo se fora prosaico. Tudo na vida se inicia e se finda (os ciclos que bem falara). Como nos arrependemos dia após dia... Quantas certezas falsas e sofrimentos em vão... Você esta com a razão, Thiago: alternamos a culpa com a inocência. Meus parabéns, meu amigo pensador.

Unknown disse...

Esses textos do Thiago estão cada vez mais profundos. E ele escreve de um jeito que costumeiramente pensamos ser uma franca conversa de nós conosco. É como se estivéssemos diante de um espelho, e disséssemos estas coisas todas para darmos um choque de realidade em nossas vidas.

Fantástico! Só tenho que dizer "parabéns" por mais essa pérola. Muito bom mesmo.

Ana Beatriz disse...

Shooooooooooooow esse texto Thi!
ADOOOREI!

Anônimo disse...

boa thiagão