quarta-feira, 20 de julho de 2011

Isso ai

O que é incondicional é muito sincero.
É um presente que alguém dá
Que já vem aberto...
E vem sem cartão,
Sem cobrança.
Vem e não vai embora...
Porque pode até ser escondido em algum armário
Mas não se joga fora.
Muitas vezes o laço desatado se faz nó.
E quantas vezes o nó não se apertou em nós?
E fez a corda balançar...
Até que fizesse o sonho acordar.
Fez a garganta arder e não se aguentar...
Desfez.
O amor é um troço
E é dificil a beça...
Que de tão só
Chega a ser nada...
Chega a ser flor de cactus
Que quando brota destrói tudo,
Quebra os pratos da casa
E volta a ser o amor puro
Em forma de mil cacos incoláveis.
Chegará o dia
E também no mesmo dia,
Chegará a noite
Que eu vou esquecer de lembrar de você.
Mas meus olhos estarão sempre abertos esperando pelos seus...
Esperando pra dançar aquela valsa que tocou um dia em outras mãos.
Que não eram mãos erradas,
Mas não eram as minhas
E aos olhos do amanhã isso parece um desafio ao destino
Que não muda nunca,
Mas se adia cada vez mais.

6 comentários:

Anônimo disse...

Olá @ThideLosReyes!
Não aceito que amor entre 2 pessoas seja incondicional. Quem ama quer ser amado pelo outro tb. Se essa troca não acontece fica difícil a beça e aí sim é chegada a hora de esquecer de lembrar e vice versa.
Bj e sucesso na novela. Parabéns pelo belo desempenho do Quim rssrsr
Marga

Unknown disse...

CARACA... Agora vc se superou imensamente! Não sei nem o que comentar. Esse texto bateu tão fortemente em mim talvez porque eu mesmo esteja vivendo um amor desse tipo. Palavras são insuficientes para expressar o que senti ao ler essas linhas.

Parabéns!!!

disse...

Ideias lindas :)

Paulo Ruch disse...

Olá, Thiago. Presentes. Quantos são aqueles que os dão esperando um dia receber algo em troca? Algo de valor, concreto, real, que satisfaça seus interesses. Muitos. Talvez a maioria. Mas, que bom, há os que os oferecem por vontade verdadeira e única de ver o sorriso de quem os ganha. E quando este alguém sorri, valeu a pena ter dado o presente. É como se ouvíssemos: obrigado! Porém, um "obrigado" diferente. Um "obrigado" não apenas vocabular. Um "obrigado" maior. Um "obrigado" que transcende. Então, quando somos agraciados com este presente "incondicional, que já vem aberto, e sem cartão", guardemo-no. Coloquemo-no naquela gaveta que só nós podemos mexer. Não é para jogar fora. Nunca. É para guardar, e de vez em quando, abrir a gaveta, e dar uma olhada nele. E quanto ao amor? Quando ele vem, assusta-nos, estremece-nos, põe-nos fora do prumo. Entretanto, aos poucos, adequa-se. E dá-nos por assim dizer uma alegria. Indecifrável... A valsa, mais cedo ou mais tarde, toca para todos. Mesmo que a vida a adie.
Lindo texto, Thiago. Abraços!

@Bentox disse...

apenas incrivel.

CLÁUDIA PÁDUA disse...

Olá.. Sou psicóloga, criminóloga e escritora.. Trabalho com a inteligência..
Acompanho a novela e observo muito o comportamento do seu personagem.. Parabéns! Você nos surpreende a cada dia com suas pontuações, medos e inseguranças.. também demonstra ausência de caráter traduzindo a busca de um ser solitário ao encontro de si mesmo...
Grande abraço e sucesso sempre!!
Cláudia Pádua.