quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O pouquinho de nós.

Mas não há que se dizer "Adeus".
Quando é preciso dizer "Enfim".
É perto do fim que a flor aparece
E isso não se encerra só porque perece.
O amor, tal qual a flor,
Agora morta,
Aparece aos olhos de quem olha o mundo,
E depois cai ao chão,
Faz o sonho despertar
E enche os pés de força e vida pra frutificar
Mais uma vez.
E florescer no entardecer da nossa cama.
Esse canto raso
Desse nosso rio tão largo.
Que de tantos caminhos possíveis
Acabou por desaguar em nós.
E pra nossa sorte
Nosso sonho de hoje
Foi um plano infalível da vida
Até ontem de noite.
E a partir de agora,
Até todos os amanhãs,
Nossos planos serão desenhados por nossas mãos.
Um pra hoje,
Outro pra amanhã
E tantos outros pro resto do tempo
Em que só um pouquinho de nós não será suficiente, nunca.

7 comentários:

Ana Beatriz disse...

Texto liiiiiiiiiindo thi! =)

Coisas de Mayara disse...

Aaaaah, fiz planos até eu fazer 30 anos ... como é que fica ?hehehehe

Thiago,Parabéns ...
Seus post são simplesmente aquilo que todos nos sentimos mas infelizmente não conseguimos dizer...
Beijos, não para nunca de postar .

Anônimo disse...

Faz bem a alma saber que hoje, nossa geração de atores se preocupa com algo mais que uma notinha na internet, com uma festa na barra. Que nos preocupamos com a arte e traçamos uma aliança com ela, para aprofundar-nos e conhecê-la cada dia mais. Fico feliz em saber que você é um desses atores, comprometido com o sentimento, não com o material. Continue escrevendo, Thiago. Parabéns pelo texto.

disse...

Só um pouquinho de nós nunca é o suficiente, porque somos tudo o que fazemos; somos parte da parte que pertencemos. Únicos.

Amei!

Paulo Ruch disse...

Oi, Thiago. Que felicidade é não ter mais que dizer "Adeus", e poder dizer em substituição, "Enfim". Quando tudo parecia indicar o fim, eis que surge o amor, com toda a sua força. O amor não é do tipo que se entrega ao fim tão facilmente. Ele finge estar findo. Não está. Tal como a flor, frutifica, como disse. E o amor irá buscar o melhor lugar que se possa oferecer: "um canto raso no florescer do entardecer". Alegre é o rio que sabe onde desaguar. Imagina se não o soubesse, e ficasse represado? E o "ontem de noite"? O "ontem de noite" que fez o "plano infalível da vida" iniciar novo ciclo. Agora, que surjam os amanhãs, amanhãs desenhados, amanhãs generosos desenhados pelas mãos. E que o "pouquinho" possa se tornar um "muito".
Abraços, Thiago!

Merlaine Garcês disse...

Adorei teu escrito!
Seguindo-te!

Isabela Cavenaghi disse...

É tã bom ter essa liberdade de expressão, acho que se eu não escrevesse o que penso e o que sinto, me sentiria asfixiada completamente.
Parabéns mais uma vez! Aguardo novos post ;)

Isabela Cavenaghi