quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vendedores, guerreiros... Alguns de nós.

Vem chegando a hora que novos caminhos precisam ser tomados... Novas sementes precisam ser plantadas.
A sensação que fica é a mesma de um vendedor viajante que não vendeu tudo o que tinha pra oferecer, talvez porque muitas pessoas não olharam, talvez porque simplesmente algumas coisas não combinavam com aquele lugar... Mas ele sabe da qualidade do que vende, e certamente as frutas não apodrecerão em suas mãos.
É uma guerra mas nem todos são guerreiros...
Não foi vencida ainda, mas não foi perdida por completo...
E às vezes os guerreiros caem, mas isso não quer dizer que é o fim... Para se manter em pé é preciso conhecer o chão e toda a sua crueldade.
O mal é que as pessoas acham que um guerreiro não pode chorar.
Ele sabe que chorar é preciso, mas não o faz na frente de outros... A dor é sua e do ombro de quem for escolhido pra lhe emprestar forças para seguir em frente, na frente de todo um batalhão nas horas difíceis.
Não é preciso gritar quando estende suas mãos, nem contar a todos suas histórias... Isso será feito por aqueles que eternamente gratos tornarão sua imagem maior ainda e farão com que todos o admirem sem sequer terem visto a imagem de um grande homem vestido em trajes comuns, feições descuidadas...
Na vida de quem luta existem sim os momentos de bater, mas é preciso saber que também existe a hora de apanhar, e é preciso o fazer com paciência porque não há braço que não se canse e quando ele cansar você precisará de um único tiro pra acertar em cheio no rosto escuro da vida.
O guerreiro morre sozinho pra que ninguém sofra, pra que não haja lágrimas nem flores em seu lugar de descanso... Lá ele meditará no silêncio profundo dos seus erros e reviverá na forma de mito eterno como sinal de respeito àqueles que lhe deram a oportunidade de ser grande e melhor sem jamais pensar em si antes de enxergar o quanto é dificil carregar as tristezas e o mundo nas costas...

7 comentários:

Bianca disse...

Super curti.
Está de parabéns com o texto.

Rafaela Cerruti. disse...

incrivel uma pessoa saber falar tudo aquilo que você pensa. adorei..

Rayanne Costa disse...

Muito bom o texto, como sempre. A perseverança é o gás da vida. Talvez demore mas no fim, quem realmente é bom, encontrará pessoas que aprecie a qualidade daquilo que se tenta vender. Não existe sorte, apenas a união de esforço e oportunidade .

disse...

"Para se manter em pé é preciso conhecer o chão e toda a sua crueldade."

É verdade. E nós somos guerreiros diários. Maiores que tudo.

A vida que se cuide! Estamos chegando.

Paulo Ruch disse...

Oi, Thiago. Estamos caminhando... De repente somos tomados por alerta de que esse caminho não muda. Temos a impressão de que tudo o que plantamos não floresceu. É aí que entram as novas sementes que mencionou. Plantemo-nas, e esperemos no que vai dar. Acho sim a vida uma guerra. Alguns optam por estar no "front". Outros na retaguarda. Como disse, há guerreiros e não guerreiros. É verdade, a palavra "guerreiro" parece que perde seu sentido legítimo quando o mesmo não experimenta a derrota. Chorar para um guerreiro pode soar difícil, mas será que sabe que é alimento para continuar na guerra? Thiago, vou mais além, um guerreiro pode mostrar as suas lágrimas para os outros. Lágrimas para mim não são sinal de fraqueza. São, repito, alimento. Aqueles que lhe admiram lhe estenderão sempre a mão. Em todos os momentos. Sem "maquiagens". Você como você é. Apanhar é tão doloroso. Porém, talvez mais árduo é após ter apanhado, buscar forças internas, limpar as roupas se ficaram sujas, e recomeçar a vida. O guerreiro admirado também o é pelos erros. Ele pode até ficar sozinho, entretanto ouvirá ecos ou sussuros daqueles que jamais o esquecerão.
Bela reflexão sobre os guerreiros. Abraços, Thiago!

Paulo Ruch disse...

Correção: "sussurros".

Mehl disse...

Lindo, lindo lindo... O texto do blog e os comentários. Fiquei sem palavras. Parabéns!!!