segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A flor, seu manual.

A vida segue pra todos.
Seguiu pra mim.
Me fez tropeçar de novo, congelar por dentro, aquecer por fora sem ainda sequer te tocar...
Tropecei no teu manual, perdido em algum canto de um encontro que não conseguimos entender mas que tentaremos explicar um ao outro, bem de perto... Agora eu quero ler as próximas páginas do seu lado, antes de você dormir.
Era um livro simples, discreto e que parecia ter sido escrito por mim por conta das tantas linhas que escondiam meu nome e aquilo que preciso há tanto tempo...
É engraçado como nessas horas você acaba percebendo que o vento não parou de soprar, mas que a janela estava fechada e desse jeito a vida não se sentia à vontade pra lhe trazer o que estava guardado numa caixa com seu nome e que por mais um pouco poderia voar pra longe, muito longe.
O destino é assim mesmo, precisa de tempo pra colar os cacos que a vida espalhou em diferentes degraus quando nascemos... E não há vaso que fique sem defeitos e totalmente perfeito, mas se nesse vaso couber tudo que eu guardei pra dar à felicidade de alguém já é justo e suficiente à minha felicidade...
Quanto mais invisível, mais incrível... Mais genuíno. Mais nosso.
Hoje pisei em uma flor, tropecei num livro e encontrei você, que sorria sem medo da minha falta de jeito e que só de me olhar uma vez me disse tudo que eu precisava ouvir pra não querer sair mais daqui.

7 comentários:

Gui Prado disse...

Curti pra caramba! texto genial cara, parabéns :)

Aline Araújo disse...

que lindo o texto, além de ser ótimo ator, escreve maravilhosamente bem, parabéns ;]

Paola Deodoro disse...

Viciei no teu blog, e arrisco dizer que este texto é do top 5. Bom demais!

disse...

''a vida não se sentia à vontade''

Se a gente não se propuser a abrir a janela, nunca o passarinho verde, aquele passarinho verde vai chegar pra te perturbar e te levar pra perto dos teus sonhos.

Parabéns :)

Adriel Amiti disse...

Parabens rapaz super curti!!

Paulo Ruch disse...

Olá, Thiago. Quando pensamos que algo de novo não irá acontecer, ou que já aconteceu, e pensamos que não irá se repetir, enganamo-nos. Deparamo-nos com o "tropeço" que citara. E sentimentos incontroláveis tomam conta de nós. E o "manual" que nos surge em algum canto inesperado em encontro inesperado? Como todo manual, deve nos explicar. E irá, pois esta é a sua função. Como é bom encontrar o livro que esconde o nosso nome em suas linhas, e do qual tanto precisávamos... Sim, o vento não para de soprar. Então, mantenha a janela aberta. Só por estar fechada não entrava. Simples. Só por isso. Agora, acho que não há risco de voar para longe a caixa com o seu nome, pois abriu a janela. A sua vontade de dar felicidade a alguém por si só já deixará este alguém feliz. Concordo com você. O invisível de uma situação, por mais peculiar que seja, aproxima-se do incrível e do genuíno. E aproxima quem "distante" está. Pise na flor, e a leve para casa, junto com o livro. E pense que se sorriram para você sem medo de estar sem jeito, e lhe olharam mesmo assim, é porque talvez soubessem que isso era tudo o queria ouvir para não querer sair mais dali.
Thiago, você se supera a cada texto. Abraços!

Paulo Ruch disse...

Thiago, desculpe-me. Uma pequena correção: "...tudo o que queria..." Abraços!