sábado, 5 de maio de 2012

O tempo, o momento e o mundo.

Pensei por um momento, há muito tempo, qual era o espaço do mundo no tamanho, que eu não sei qual é, do tempo.
Vi que nem isso dura mais do que alguns poucos segundos.
Ta tudo tão corrido, sumindo tanto que não consigo me achar nem no espelho.
Emprestei demais ao mundo e pra vida acabei me tornando só mais um filme que não foi devolvido à locadora.
Com o tempo, conseguir se tornar alguma coisa já é um sintoma óbvio de uma busca entediante. As pessoas que buscam falam em "estradas", "caminhos"... Mal chegaram à esquina do seu próprio mundo e já acham que estão sendo tsunamis no mundo alheio. São no máximo um tiramissú de boteco.
São milhões de nada.
Canos furados por onde passam ideias ruins, irrelevantes. E aonde a goteira pinga? Na cabeça dos preocupados.
São a parte do "todo" que eu pedi demissão, divórcio: Litígio.
Hoje eu ando pelas mesmas ruas que eles mas olho pra cima, olho nos olhos, desvio dos ombros que não vão me servir de nada. Vejo os blocos sem fanfarra, escuto o silêncio do desespero e do pedido de ajuda que nem mesmo quem precisa consegue pedir.
Penso.
E hoje pensar dura uma eternidade sem me tomar espaço, que tinha sido roubado, estuprado e jogado fora.
Existe uma única vida e ela pertence a você, que por sua vez pertence ao mundo que esta aí pra entrar no bolso da sua história.
E o tamanho do tempo?
Esse é exercício que mantém sua mente sã: Imaginar e fazer planos no imensurável.


2 comentários:

Emmanuelly garcia disse...

Bom dia'thiago, desejo que vc se encontre no espelho,pois eu sempre me encontro lá,e e mesmo mto bom! As vezes sinto que su sabedoria sera infinita,parabens, e lendo seus textos sinto mta afinidade cmgo em suas palavras, eu tenho uma 26 poesias guardadas um dia revelo eles no mundo por enquanto ela deve ta guardada na biblioteca do colégio onde estudei,mas e tão gostoso escrever e refletir sobre ávida,o ruim e que qnto mais pensamos menos conclusões nos temos. Reter e isso que do tcha, a mais nas páginas da nossa propria vida cada um escreve uma frase,se esse livro for bom só saberemos no fim ou seja ando morrermos! Transcendental demais .kkkkk

Paulo Ruch disse...

Fala, Thiago. Em primeiro lugar, parabéns pela volta ao Blog. Aqui eu sempre pude fazer comentários, e de alguma forma expor os meus desabafos urgentes que encontravam no que dizia um meio de adequação. Vamos ao texto. Já pensei diversas vezes no tempo, no seu espaço no mundo, e o quanto se podia nele fazer de útil para si ou para alguém. Cheguei a uma conclusão que demorou a se formar no meu consciente. Os planos, projetos e sonhos não dependem só de nós. Dependem de uma Vontade que desconhecemos, e que temos que aceitá-la. Quando diz que não se reconhece no espelho, procure olhar-se um pouco mais. Só um pouco. Verá a sua identidade. Verá o seu passado, no qual houve o relevante, o que deve ser guardado na lembrança. Claro que sempre buscamos nos tornarmos algo. Isto cansa. E não está errado quanto aos "conselheiros de plantão", que não conseguem resolver as próprias vidas. Como afirma, uns "tiramissús de boteco". Não vou ter a pretensão de lhe indicar que o seu caminho é esse ou aquele, pois desconheço o meu próprio. Apenas intuo. E as pessoas? Estas, cada vez mais perdidas em suas infelizes ilusões, no descalabro dos individualismo e egoísmo, na afronta da falta de caridade. Peça mesmo o "divórcio". Eu já entrarei com o meu pedido. E ao asseverar que se sente "um filme que não foi devolvido à locadora", desculpe-me Thiago, não, não pode ser verdade. É um filme tão bom que resolvemos revê-lo, e revê-lo... Daí não entregarmos. E o tempo imensurável está mesmo entre nós. Podemos sonhar junto com aquela Vontade. Esta Vontade também me parece imensurável. Como os sonhos e o tempo. Abraços, Thiago!